segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Crítica do filme "O Lutador"


Como uma criança dos anos 80, me lembro bem de chegar em casa da escola e ligar a televisão para ver os heróis e bandidos do Telecat se batendo dentro de um ringue e de tentar imitar os movimentos no meu sofá. O novo filme de Darren Aronofsky propõe uma visita a um desses heróis que, apesar do sucesso, fracassaram na vida e não conseguiram ou souberam parar.

Aronofsky é conhecido de qualquer cinéfilo pelos filmes Pi e Réquiem para um Sonho, se você não os assistiu corra para a locadora, mas é gratificante vê-lo sendo finalmente celebrado pelo grande diretor que é. Seria fácil para um filme sobre esse tema se tornar algo piegas, ou cair no erro de tornar suas personagens nas caricaturas unidimensionais que os lutadores interpretam no ringue. Porém, o filme é muito mais que isso. O Lutador é uma obra extremamente humana sobre amor, dor e glória.

O filme conta a história de Randy “The Ram” Robinson, um lutador de luta livre que teve fama e glória nos anos 80, que vive em um trailer e paga suas contas, quase sempre, com o dinheiro que ganha em exibições de luta livre em estádios pequenos e em bicos que faz no supermercado local. Randy é um homem grande e mal encarado, porém super simpático e carinhoso. É como um grande menino. Ele se interessa por Cassidy, uma stripper a quem conta todos os seus sonhos e as histórias de suas grandes vitórias.


O elenco, outrora estelar do filme, conta com grandes atores dos anos 80, que como o próprio personagem principal, já viram dias melhores. Mickey Rourke, de 9 semanas e ½ de Amor, vive de forma brilhante o papel de “The Ram”, ele está impecável e o papel já lhe rendeu um Globo de Ouro e o Bafta de melhor ator, e provavelmente também levará o tão cobiçado Oscar. No papel de Cassidy, Marisa Tomei brilha na tela como uma stripper crível e carismática por quem não podemos evitar sentir simpatia.

A imprensa mundial vem chamando O Lutador como o filme que resgatou a carreira de Rourke, na minha opinião, o filme que fez isso foi Sin City, de Robert Rodriguez, onde ele interpreta o grandalhão Marv, também vale conferir.

O Lutador estréia no Brasil no próximo fim de semana e vale a pena ser conferido, pela simplicidade de sua linguagem narrativa, a beleza da sua história e pelo elenco que não é nada aquém de extraordinário.

Um comentário:

Jô Pessoa disse...

Pedrão.

Vc já viu o filme???
Eu e o Xande queremos vê-lo no final de semana.

Vamos?

Bjs. Jô