Oscar de Melhor Filme Estrangeiro NÃO vai para o Brasil

Esse ano o Brasil decidiu que a melhor escolha para ser submetida à Academia americana de cinema para concorrer à uma possível nomeação ao Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira seria o filme Última Parada 174, de Bruno Barreto.

Agora, prezado leitor imaginário, pensemos que quando o Brasil submeteu Cidade de Deus para concorrer pela mesma nomeação, o filme não foi nomeado. Cidade de Deus no ano seguinte, após ter estreiado nos cinemas americanos foi então nomeado para
Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia.

Então, se um filme brilhante como Cidade de Deus não foi indicado à categoria dos filmes não-americanos, por que Última Parada 174 foi a escolha feita pelos responsáveis por esta? Por que escolher um filme com uma temática tão próxima do que não foi escolhido?

Essas perguntas são ainda mais ressonantes em um ano em que tivemos filmes tão singulares como Linha de Passe e Estômago, que poderiam ter sido enviados. O Brasil foi um dos 65 países que submeteu um filme à Academia, mas infelizmente, vamos, mais uma vez, apenas assistir os Oscars esse ano. Sem ter para quem torcer.

Esses são os nove filmes (dos 65) que passaram para a próxima fase:

Revanche, da Áustria, diretor Gotz Spielmann
The Necessities of Life, do Canadá, diretor Benoit Pilon
The Class, da França, diretor Laurent Cantet
The Baader Meinhof Complex, da Alemanha, diretor Uli Edel
Waltz with Bashir, de Israel, diretor Ari Folman (ganhador do Globo de Ouro)
Departures, do Japão, diretor Yojiro Takita
Tear This Heart Out, do México, diretor Roberto Sneider
Everlasting Moments, da Suécia, diretor Jan Troell
3 Monkeys, da Turquía, diretor Nuri Bilge Ceylan